O Museu

Pioneiro dentre os museus da UEFS, a “Casa do Sertão”, assim designada por seus idealizadores, foi inaugurada em 30 de junho de 1978. O projeto foi executado pelo Lions Clube de Feira de Santana e, depois de inaugurado passou para a administração da Fundação Universidade Estadual de Feira de Santana.

Desde a década de 1960, havia discussões sobre os locais para construção de um espaço que abordasse aspectos da cultura sertaneja. Ideia concretizada na década posterior, em meio às transformações socioeconômicas pelas quais passava Feira de Santana. Assim, a “Casa do Sertão”, foi edificada para “evocar as lembranças de tempos passados, de vivências e culturas locais supostamente suplantadas, ou em processo de silenciamento nos modos de viver no cotidiano” [1]

Na época da sua inauguração, o MCS/UEFS possuía uma pequena biblioteca que reunia exemplares sobre Folclore, Cultura Popular e Literatura de Cordel. Em 1993, por meio da resolução 07/93 do Conselho Administrativo da UEFS, o MCS incorporou o Centro de Estudos Feirenses - CENEF tornando-se um único órgão suplementar, com a finalidade de incentivar a realização de novas pesquisas sociais de forma a organizar fontes sobre a memória histórica e cultural, econômica e geográfica da microrregião de Feira de Santana e, sobretudo, valorizando o papel desempenhado pelo homem sertanejo na formação social do Estado da Bahia. Em 1994, após essa incorporação, houve um aumento considerável no acervo bibliográfico. O mesmo foi triplicado em 1995, com a doação, em testamento da biblioteca particular do Monsenhor Renato de Andrade Galvão.

Em sua homenagem como idealizador do CENEF, e maior doador da referida biblioteca, foi inaugurado, em 1998, nas dependências da mesma, passou, nessa ocasião, a ser denominada Biblioteca Setorial Monsenhor Renato Galvão - BSMG, integrando o Sistema de Bibliotecas – SISB/UEFS.

Em 2008, o MCS/UEFS também recebeu a doação do acervo do escritor feirense Eurico Alves Boaventura, formando o Memorial Eurico Alves Boaventura - MEAB, que está em fase de implantação.

O MCS/UEFS ampliou sua estrutura física e seu acervo, e, dessa forma, multiplicou suas atividades, sendo um espaço cultural para visitação pública e, também à pesquisa, educação e extensão universitária. Desenvolve suas ações, fundamentadas no respeito à diversidade cultural e na participação da sociedade, visando à integração com artistas e artesãos com o público visitante, notadamente, estudantes e professores que o utilizam como espaço não formal de educação, através da visitação pública, da consulta ao seu acervo documental e bibliográfico.



[1]CALDAS, Jacson Lopes “ Badoque, muzuá, arataca”: memórias e histórias no Museu Casa do Sertão em Feira de Santana-BA, 1977-1999 – Santo Antônio de Jesus, 2016, p 77.

Fotos de Hortência Sant"Ana Instagram @hortencia_s