INSCRIÇÕES PRORROGADAS
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Foram prorrogadas até o dia 21 de julho as inscrições do 3º Concurso de Literatura de Cordel Zoordel.O certame é uma realização da Rede de Museus da UEFS através da parceria entre os Museus de Zoologia, Casa do Sertão, o Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários - PROGEL, a Pró-Reitoria de Extensão - PROEX e a UEFS Editora, com apoio institucional da Assessoria de Comunicação/ASCOM-UEFS.
Esse ano, o tema do Concurso versa sobre “Feiras Livres”, sua composição humana e material, seja através dos tipos humanos e o desenvolvimento de seus trabalhos e ofícios, movimento comercial e principais produtos, importância socioeconômica e ambiência histórica, seja das grandes ou pequenas, tradicionais ou modernas, cuja preservação e conservação dos seus aspectos culturais promovem a construção de identidade e resistência de feirantes, barraqueiros, vendedores ambulantes, carregadores, compradores, artistas, transeuntes, dentre outros.
Conforme disposto no Edital, para participar, o candidato deve ter idade igual ou superior a 18 anos; inscrever apenas um título inédito em cordel escrito em Língua Portuguesa do Brasil; enviar, no ato da inscrição, o texto desenvolvido com o tema proposto: Feiras Livres, obedecendo à seguinte estrutura: texto com no mínimo 24 estrofes em sextilhas, cumprindo ao esquema de rimas (ABCBDB), ou septilhas (ABCBDDB) rimadas e ritmadas; a obra inscrita não poderá conter o nome, pseudônimo, nome artístico ou identificação social do autor.
Acesse o Edital abaixo:
https://www.uefs.br/2024/06/5886/Inscricoes-prorrogadas-do-3o-Concurso-de-Literatura-de-Cordel-Zoordel.html
O Concurso premiará as três primeiras obras classificadas com as respectivas premiações:
Classificado em 1º lugar – Premiação R$ 4.000,00 e certificado
Classificado em 2º lugar – Premiação: R$ 3.000,00 e certificado
Classificado em 3º lugar – Premiação: R$ 2.000,00 e certificado.
A artista Yacuna Tuxá, de Rodelas (BA), é ativista e atua com ilustração, colagem, pintura e escrita. Além de exaltar a pluralidade da mulher indígena, por meio de figuras femininas, que realçadas em vibrantes tonalidades ostentam força e autonomia, destoando das visões romantizadas que perpetuam estereótipos. Sua primeira mostra individual traça um panorama de sua trajetória, assim como suas composições estéticas e o aguçado senso crítico para as questões de ordem político-ambiental. Vencedora do Prêmio Um Outro Céu, em 2024 ela concorre ao PIPA, mais relevante premiação brasileira das artes visuais.
A ocupação Pavilhão Anexo Lucas da Feira evidencia a releitura sobre a cultura do bordado, das plantas medicinais e as práticas de cura da alma pela fé. A mostra evidencia um processo autoral e criativo que reúne fios e plantas naturais que apresentam a relação entre mulheres benzedeiras e as folhas sagradas. Registros fotográficos, peças originais e instalação artística, produzidos pela artista Milena Oliveira, que exalta a importância das benzedeiras do povoado Beija-flor, em Muritiba (BA).
Utilizando apenas agulha, linhas, tecidos e mdf, Dona Dió mostra a singeleza e o requinte dos seus trabalhos na composição das cores e na observação da natureza. São bordados sob bastidor que mostram paisagens do Recôncavo e do sertão onde vive, ilustrando os pássaros de sua região e o universo infantil das bonecas de pano, em uma envolvente atmosfera bucólica interiorana.
A cerâmica, importante expressão cultural e popular brasileira é destaque no Museu Casa do Sertão da UEFS, por meio de uma homenagem ao fazer cultural e artístico da artesã feirense Crispina dos Santos. A exposição é um convite a prestigiar a memória da ceramista que marcou a cena cultural baiana, com a assinatura de suas peças no imaginário material das artes em barro cru.
Das criações mais emblemáticas está a construção de personagens como o Papai Noel, a Iara, o Caboclo inspirados em revistas e recortes de jornais, feitas no mês de setembro e só comercializadas em dezembro. Constam ainda baianas, animais e figuras humanas, todas dotadas de peculiar estilística e colorido especial, fruto da técnica autoral de modelar a mão, secar ao sol, usar tintas em pó diluídas em água, aplique de penas, douramentos, tecidos, algodão e taliscas.
A atuação de Crispina dos Santos pode ser, entre outros aspectos, referendada como uma arte implicada em leituras de mundo, oriundas da sua história de vida e traduzida nas composições figurativas que sempre a acompanharam, denotando uma escrita cultural material que transcende o espectro artesanal e sua nobre função de embelezar.
As peças em questão, exaltam peculiaridades na representação do imaginário coletivo, e dão vivacidade a crônicas visuais, alçadas de um vasto repertório temático, oriundas do chamado patrimônio-acontecimento, ou seja, o entrecruzar de narrativas domésticas que se tornam coletivas pela partilha imagética e de vozes, que emergem do cotidiano e reivindicam, nas dimensões poéticas, políticas e pedagógicas, o reconhecimento, não só de reminiscências, mas sobretudo, de sujeitos sociais e o direito à valorização de suas memórias. Estão expostas 67 peças, recentemente restauradas em Salvador pelo Studio Argolo, verdadeiras relíquias que expressam a cerâmica brasileira “de um tempo e de um lugar”.
O painel reflexivo sobre a obra de Crispina dos Santos no Museu Casa do Sertão é composto ainda, por duas instalações que complementam a mostra, propondo além de um encontro de gerações artísticas, utópicas subversões, tanto de ordem pictórica quanto cronológica.
Nos rastros da saudade: um olhar
sobre a Exposição de Miguel Teles
Paloma Santana Pereira, Historiadora e Produtora Cultural.
O Saudações caatingueiras! Foi assim que começou o bate papo com Miguel Teles, autor da Exposição Tangerinos: rastros de bois, caminhos da saudade. O evento aconteceu no dia 28 de março, no Museu Casa do Sertão, e quem esteve lá ouviu Professor e Vaqueiro falarem no mesmo tom e bateu certo. Muita coisa poderia ser dita sobre a conversa que aconteceu no anexo Lucas da Feira, às margens da Avenida Transnordestina. Mas, quero tentar descrever as sensações e comportamentos das pessoas diante do acervo que reúne além de belas fotografias, uma coleção de chocalhos de bois, candeeiros, sela para cavalos, alpercatas de couro, cabaças e outros elementos que compõem a icônica e inconfundível identidade cultural sertaneja. A sensação que se tem é que as pessoas estão hipnotizadas diante das instalações, iluminadas por luzes amarelas que insinuam os intensos raios solares tão comuns às regiões de caatinga. Realmente é bonito e impactante defrontar-se com aquelas peças porque elas relembram histórias que quase não se ouve mais contar, já que, atualmente, tanger boi é tarefa que se realiza montado até em motocicletas. Antigas histórias de gente que cruzava grandes distâncias país à dentro conduzindo rebanhos à base de muita coragem e na força do grito aboiador. O exemplo que melhor caracteriza esse estado de quase hipnose de quem visita a Exposição é o Professor Ms. Valter Soares que, como um menino, encantado, aparece na fotografia concentrado enquanto lê as informações dispersas pela Sala Eurico Alves Boaventura. Além dele, estiveram presentes no evento e compuseram a mesa institucional o vaqueiro Ademário aboiador, o Professor Dr. Clóvis Ramaiana e o diretor da Biblioteca Central do Estado da Bahia, Marcos Viana. A atividade foi realizada pelo Curso de Especialização em História da Bahia da UEFS e, como revela a Professora Ms. e Orientadora do Autor/Expositor - Edicarla Marques - “a presente Exposição não é sobre gado, é sobre aquele sertanejo que é ‘antes de tudo um forte’ em suas fragilidades, medos, devaneios, enfim, em sua valentia e humanidade”. Embora ainda não seja comum, havendo muita resistência entre pesquisadora(e)s que acreditam e defendem que as pesquisas científicas e acadêmicas devem se distanciar, principalmente, das paixões, a abordagem realizada por Miguel Teles aponta o sentido contrário e não perde o rigor requerido. Isso mesmo: em uma típica tarde de outono, com chuva fina e fria, nos domínios de uma Universidade Pública, quem esteve lá irradiou-se com inúmeros sentimentos, desde a emoção emanada dos olhos de Miguel em contato com visitantes da Exposição, até o próprio subtítulo que nomeia sua obra: “caminhos da saudade”. E, se estamos aqui falando de transformações de perspectivas e de paradigmas conceituais, não poderia deixar de me incluir neste movimento, permitindo-me também ser acariciada por minhas próprias memórias para produzir esse texto; Caminhando pelos rastros de minha saudade é impossível retornar e pisar no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana sem recordar que entre os módulos 3 e 4 havia uma casinha colorida, onde a música não parava de tocar... chamada de SENZALA Cultural, foi responsável pela formação de artistas, intelectuais e/ou, simplesmente, pela aglutinação de sujeitos com interesse em diálogos além do óbvio. Apesar de ter sido fisicamente destruído, este espaço de resistência e partilhas viverá para sempre nos corações e mentes de quem experimentou o inebriante sabor dos encontros que só eram possíveis ali: Eu me incluo nesse bando! Pra você que está lendo esse texto, gostou das fotografias que contém nele e sentiu vontade de visitar a Exposição, saiba que a entrada é gratuita e que estará aberta à visitação até o fim deste semestre acadêmico, tá?! É um programa atraente à todas as idades e como afirma Cristiano Cardoso, diretor do Museu Casa do Sertão, existem outras programações para o ano de 2023, a exemplo do Projeto Piano a 4 Artes, em parceria com o Colegiado de Música/UEFS; Mas, aí já é assunto pra outra conversa.
MUSEU CASA DO SERTÃO RETOMA ATIVIDADES DE VISITAÇÃO EXPOSITIVA
Após longo período de suspensão das atividades presenciais de atendimento ao público, o Museu Casa do Sertão, pioneiro entre os museus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) retoma as pautas expositivas, iniciando as comemorações alusivas aos 45 anos de sua fundação pelo Lions Club de Feira de Santana no campus universitário. A instituição que reúne coleções relacionadas aos artefatos de usos e costumes, criações artísticas populares, itens documentais e bibliográficos, encanta e conecta variados públicos e gerações, por meio da diversidade e inventividade dos seus acervos. Por ser considerado um espaço multirreferencial de aprendizagem e difusão da estética e da cultura sertaneja, em diferentes temporalidades e espacialidades, que esta retomada é aguardada com grande expectativa, já que após o período pandêmico mais agudo, o expediente externo continuou suspenso, em função da proximidade a construção do novo acesso viário da UEFS.
Como medida de cuidado com as coleções de peças, espaços e pessoas, foram realizadas melhorias estruturais e técnicas, nesse período de ações internas como: requalificação das estruturas elétricas, com instalação de iluminação cênica museológica; relocação e criação de novos espaços administrativos e expositivos; treinamentos, revisão do sistema documental museológico, conservação preventiva de acervos e a restauração de 67 esculturas da ceramista Crispina dos Santos, pelo renomado restaurador da Escola de Belas Artes da UFBA Dr. José Dirson Argolo.
No dia 1º de Março de 2023 às 15:00 h, o Museu Casa do Sertão reabriu suas portas e convidou o público a participar de vasta programação cultural e conhecer suas novidades. Uma delas é o Memorial Eurico Alves Boaventura que referenda a importância e o legado intelectual deixado pelo ilustre feirense. No local o visitante terá contato com objetos pessoais, artefatos arqueológicos, imagens, referencias e produções bibliográficas do seu vasto universo criativo. Da mesma forma, foram apresentadas as instalações do Centro de Memória dos Povos Indígenas do Nordeste – ANJUKA, concebido em 2014 no DCHF e que agora se materializa como espaço voltado a reunir acervos audiovisuais, bibliográficos, etnográficos, projetos de pesquisa e extensão sobre e com os povos indígenas, setor que será coordenado pelas Profs. Patrícia Navarro (DCHF) e Norma Lúcia Fernandes de Almeida (DLET).
Há novidades também nas pautas expositivas de longa duração e temporárias, com mostras que contemplam grande volume de peças pertencentes ao histórico acervo, com itens que vão dos objetos de usos e costumes a esculturas, moveis, brinquedos, instrumentos de trabalho, fotografias, tecidos, imaginária e ritualísticos, e que dividem espaço com criações estéticas contemporâneas de artistas convidados, acervos que em seu conjunto, evidenciam a diversidade cultural do Nordeste, desde da esfera intima da casa até a vida social, conforme detalhado:
A exposição Tangerinos Rastro de Boi Caminhos da Saudade, do fotografo, historiador e discente da Especialização em História da Bahia UEFS Miguel Teles, pode ser traduzida enquanto poesia material sobre um enigmático personagem da cultura sertaneja que é colocado evidência por meio de relatos históricos e imagéticos, potencializados pela mescla com o acervo institucional.
Já a mostra Aqui Onde Estou por ZéCarlos Sampaio une sensibilidade e subjetividade do artista visual, pesquisador e decorador para elencar poéticas visuais contemporâneas da realidade sociocultural sertaneja, em especial, alguns aspectos de seu cotidiano, que se tornam evidências de relatos construídos com feições realistas, figurativas e que perpassam saberes estéticos, históricos, geográficos e sobretudo de crítica social.
Diversificando os sentidos, temos a exposição Entre Sons e Formas Percussivas: A Inventividade de Zé das Congas que traça um panorama da efervescência criativa de uma reconhecido personalidade artística local e propõe um passeio por formas criadas a partir da técnica de entalhe em madeira, expostas em quadros e na criação e recriação de instrumentos musicais que reverberam nos diferentes espaços de Feira de Santana e consolidam um vasto repertório de solidariedade e compartilhamento de saberes com as novas gerações, por meio de seu vigoroso trabalho social comunitário.
Por falar em solidariedade importante referendar o legado deixado pelo artesão e cordelista Ademar Araújo, falecido no mês de fevereiro deste ano, em vida este fez uma vultosa doação de brinquedos criados com movimentação mecânica e que encantam pela simplicidade e peculiaridade de cada peça, fruto do reaproveitamento de materiais, embalagens e brinquedos, por muitos considerados inservíveis, mas que tomam inusitadas formas na exposição Brincadeira de Artesão.
Amostra Barro, Encontros e Memórias na Arte de Crispina dos Santos enfoca o fazer cultural e artístico da artesã feirense Crispina dos Santos. Em destaque, uma instigante Expografia que ocupa um novo espaço do museu para delinear um sertão imagético elaborado pelas mãos de uma genuína representante da modelagem em argila de Feira de Santana. São expostas 67 peças, restauradas em Salvador pelo Studio Argolo e que agora são apresentadas ao público. A exposição conta ainda, com duas instalações: a primeira tem por base o emblemático ensaio fotográfico “ O presépio sertanejo de Crispina dos Santos”, registrado pelo artista e arquiteto Juraci Dórea, publicado na Légua & meia Revista de Literatura e Diversidade Cultural, UEFS (v3, n 2 2004) em preto e branco, propondo um contraponto ao colorido das peças que ocupam a sala. A segunda instalação, tem por base as pinturas da artista visual Emilly Sisnando e sua leitura lúdica sobre a figura de Crispina, e enfoca a relação com o universo infantil, as obras fazem parte de seu projeto de pesquisa artística “Recorte do Nordeste” e foram expostas durante a pandemia nas ruas do centro da cidade, no âmbito do Projeto Favela é Isso Aí, apoiado pela Belgo Bekaert.
É possível ainda visitar na área verde do museu, a exposição coletiva composta por obras com material de reuso, dispostos nas arvores, postes e em murais nas paredes do Museu, com técnicas variadas como grafite, pintura a óleo e acrílica, participam os artistas Luciano dos Anjos, Priscila Lopes, Dan luz, Simone Rasslan, Charles Mendes, Leilane Oliveira, Sinistro, Gaspar Medrado, Gabriel Ferreira, Cida Porto, Marcos Oliveira, Elielton Reis, Adrielen Aragão, Tertuliano Rico, Camila Borges, Matheus Guimarães, Júlio Firmo, Jean Lima, José Arcanjo, entre outros.
Cristiano Silva Cardoso
Diretor Museu Casa do Sertão UEFS
MUSEU CASA DO SERTÃO CELEBRA DIA INTERNACIONAL DE MUSEUS LANÇANDO CATÁLOGO VIRTUAL COM OBRAS DE MARILENE BRITO
O presente painel reflexivo sobre a obra de Marilene Brito é fruto de um inusitado intercâmbio entre as peças da artista e o trabalho de pesquisa elaborado pelas estudantes de graduação da UEFS Adrielle Mota, Darlene Moreira e Tayla Carize, bolsistas do Museu Casa do Sertão que sob supervisão da museóloga Joseane Macedo da Silva, buscam nas tessituras legíveis, alçar campos de leituras sensíveis e singulares. Vida longa aos Catálogos MCS!
Confira aqui: https://www.flipsnack.com/FDC988CC5A8/cat-logo-marilene-brito-museu-casa-do-sert-o-uefs.html
Prestigie nosso canal de vídeos: https://www.youtube.com/channel/UCWjBblZHIo8DosGLpZv9VgQ
EXPOSIÇÃO VIRTUAL
FOTOPINTURA MEMÓRIAS ENALTECIDAS NAS PAREDES
Comemorando o Dia Mundial da Fotografia, o Museu Casa do Sertão, entidade da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), lança a exposição virtual Fotopintura memórias enaltecidas nas paredes, disponível no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=P1LcTe3lVwg&t=312s. A mostra traz 19 retratos pintados, captados colaborativamente de espaços domiciliares e busca entrecruzar narrativas familiares aos referenciais estéticos e históricos, presentes na expressão cultural popular da fotopintura. Considerada enquanto testemunho belo e colorido da relação entre história e fotografia, a síntese entre retrato e pintura que descreve visualmente recortes da realidade, em especial da sertaneja, através de usos e costumes comuns a épocas passadas, é elevada à condição de patrimônio cultural e artístico por transbordar delicadeza, senso estético e criatividade, para delinear a vida e a face do nosso povo.
Veja mais www.youtube.com/watch?v=P1LcTe3lVwg&t=312s
FESTIVAL DE CINEMA: SERTÃO EM CENA
No âmbito museológico a produção cinematográfica também pode ser compreendida enquanto testemunho material da humanidade, tendo em vista ser por natureza, uma amálgama das demais artes que lida de forma dinâmica, com aspectos representativos de tempo, espaços e ideias. Neste sentido, O Museu Casa do Sertão convida a tod@X a prestigiar e se encantar com as criações, ritmos e narrativas poéticas do universo cultural nordestino presentes nas produções audiovisuais do Festival de Cinema Sertão em Cena que serão exibidas às quintas feiras do mês de julho.
Exposição Virtual
Museu Casa do Sertão 42 anos no Cordel de João Crispim Ramos
Pioneiro entre os museus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da sua idealização aos dias atuais, o Museu Casa do Sertão e Centro de Estudos Feirenses completa, nesta terça-feira (30), 42 anos de um devir de ações e estratégias a fim de promover a conservação, investigação e comunicação do patrimônio cultural sertanejo. Para comemorar, o público é convidado a conhecer a mais recente produção audiovisual, disponível na internet. A proposta aborda a sugestiva narrativa do cordel ‘Casa do Sertão’, de João Crispim Ramos, criado na campanha de arrecadação de fundos para a construção do espaço que hoje abriga o Museu, inaugurado em 1978. Neste resgate, a icônica escrita de Ramos é perpassada por imagens dos espaços e parte do acervo, e registram os resultados materiais da exitosa campanha que tinha por objetivo abrigar do esquecimento, reminiscências de um tempo e de sujeitos históricos. Acesse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GAV9COFw39k
A exposição museológica é a principal forma de mediação em museus, através dela é elaborada uma narrativa cultural com a finalidade de estabelecer a divulgação e o encontro da sociedade com seu patrimônio. Partindo dessa premissa, o Museu Casa do Sertão da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), promove a exposição virtual: Meu Santo Antônio: registros de uma devoção domiciliar, produzida de forma coletiva e colaborativa com devotos de cidades como Feira de Santana, Conceição do Coité, Salvador, Alagoinhas, Ilha de Itaparica e Niterói-RJ, ressaltando, cada um a seu modo, excepcionalidades na guarda de imagens religiosas, que em muitos casos, acompanham a família por gerações e delineiam práticas devocionais nesses diferentes lares...
A exposição virtual Santo Antônio dos Capuchinhos: registros do Dia dos Romeiros em Feira de Santana – 2019 apresenta um recorte das festas em louvor a Santo Antônio, promovidas pela Ordem dos Frades Menores na cidade, que tem como um dos destaques a romaria que acontece durante a Trezena, invariavelmente, no domingo anterior ao dia 13 de junho, data da celebração ao santo.
O Dia Internacional dos Museus é comemorado anualmente em 18 de maio. O objetivo desta data é evidenciar o papel do Museu como um importante instrumento democrático de inclusão sociocultural, de educação e de desenvolvimento local. Para celebrar este dia, a equipe do Museu Casa do Sertão se reuniu para transmitir suas impressões afetivas do Sertão. Essa foi à forma que encontramos para estar junto de você, nosso público, mesmo de longe, para apresentar nosso olhar, lembranças e vivências do nosso mundo, da nossa “Casa do Sertão.
A singularidade da cultura nordestina é inspiração para Marilene Brito, que busca, através das suas bonecas de panos e esculturas feitas com papel, apresentar os modos de vida das pessoas do campo, como o trabalho, festas e práticas religiosas.
Exposição:
Indígenas do Nordeste: Cultura, Identidade e Resistência
Ainda no século XXI é imenso o desconhecimento acerca dos povos indígenas do Brasil e de sua imensa diversidade cultural. Quando da chegada do colonizador português, estima-se que habitavam as terras brasileiras cerca de 1.000 povos indígenas o que correspondia aproximadamente 2 a 4 milhões de indivíduos. Atualmente encontramos no território brasileiro 234 povos, falantes de 180 línguas diferentes.
Exposição:
Miniaturas de Casas Antigas do Sertão
Por: Edson Duarte
A beleza, os aspectos e a riqueza do morar sertanejo cercado pela caatinga são retratados com fidelidade pelas miniaturas produzidas pelo artista plástico baiano Edson Duarte Marques da Silva, em exposição até 1º de novembro no Museu Casa do Sertão, localizado no Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). As obras retratam a paisagem cultural, ideias, significados, valores e singularidades do lugar, mostrando transformações da ação do homem no ambiente.
Sábado Divertido
no Museu Casa do Sertão
Ocorreu no dia 31 de agosto, das 8h às 12h, no Museu Casa do Sertão da Universidade Estadual de Feira de Santana (MSC/Uefs), quarta edição do projeto Sábado Divertido.
Ação que consiste em possibilitar ao público vivenciar momentos de diversão e produção de conhecimentos criativos.
Teve, também, visitação da exposição temporária “Sertão Noturno: Projeto Cores do Sertão”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Cult-Vi Universidade do Estado da Bahia (Uneb/Jacobina).
Exposição fotográfica:
Sertão Noturno
- Projeto Cores do Sertão -
As 20 fotografias, em exposição, constituem uma dimensão do Projeto Cores do Sertão que vem sendo desenvolvido pelo Cult-Vi desde 2011 na Universidade do Estado da Bahia UNEB - Campus de Jacobina e possui, dentre suas metas: a criação e manutenção de um banco de imagens sobre a vida sertaneja; a produção de representações diferenciadas do sertão evidenciando a riqueza cultural distanciando-se da visão estereotipada de miséria e seca; a produção de matérias visuais de alcance da comunidade e as práticas educativas contextualizadas envolvendo as imagens do sertão.
Museu Casa do Sertão promove mostra
sobre Santo Antônio e religiosidade
O Museu Casa do Sertão, localizado no Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), convida a comunidade para a exposição ‘Antônio querido! História e religiosidade popular’. Com abertura marcada para esta quinta-feira (13), às 9 horas, a mostra permanece em cartaz até 17 de julho, apresentando aspectos da religiosidade popular na devoção doméstica, com o uso de imagens do Santo Católico Santo Antônio.
Poesia
Museu Casa do Sertão
A minha casa é o Sertão,minha fala,meus costumes,e até meu jeito de dizer não.
Se achegue minha fia, não se acanhe não seu moço
Tenho muitos causos pra contar,muita história pra prosear, sem ferir,nem maltratar.
FRAGMENTOS DA MEMÓRIA EM CADERNOS GOIABADA, POR ALUNOS DA UATI
Salvar palavras... escrever a própria história em cadernos goiabada. Os alunos da oficina Leituras e Memórias, turmas das professoras Ana Angélica Vergne de Morais e Eliana Carlota Mota, do programa de extensão Universidade Aberta à Terceira Idade da UEFS-PROEX, nos apresentam em cadernos um testemunho de suas histórias de vida. Experiências cruciais, como amor, dor, perda, morte registradas a partir de íntimas experiências e criativas memórias de infância e juventude.
Área Externa do Museu
Casa do Sertão
Exposição Itinerante Retrato pintado: Retoques na memória
As imagens registram a atividade realizada pela equipe Museu Casa do Sertão na Escola Juíza Lourdes Trindade, enfatizando o Retrato Pintado, também conhecido como Fotopintura. Essa ação fez parte do projeto Aviação: "fotografia e identidade do outro lado da margem”, que propõe a aproximação e a interação do IFBA com os moradores do bairro do Aviário, mais especificamente, com 40 alunos do 8º e 9º ano da Escola Juíza Lourdes Trindade, por meio da construção de uma poética proveniente das linguagens visuais contemporânea.
A fotopintura é uma arte que une retrato e pintura. O seu processo de criação é atribuído a André Eugéne Disdéri no ano de 1863, que, a partir de uma base fotográfica em baixo contraste, aplicou tintas para dar cores às imagens. Esta técnica se popularizou no Brasil no século XX, especialmente no Nordeste brasileiro.
Tradição quase extinta, a fotopintura é uma composição de caráter criativo e idealizador. Através dessa técnica, o artista não apenas dá cor a foto em preto e branco, ele produz uma nova imagem, alterando o cenário, além de acrescentar elementos, como joias e roupas novas ao retratado. A fotopintura também tem a perspectiva de harmonizar e embelezar uma imagem. Com essa técnica, as pessoas tendem a enfatizar as representações que idealizam de si mesmas, unindo o benefício do realismo fotográfico e interferindo nesse mesmo realismo quando ele se torna indesejado, a exemplo da retirada de manchas e rugas, clareando sombras, dando mais ênfase à cor da pele.
O emblemático cenário das ruínas da antiga FAMFIS ( Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana) corroído pela ação do tempo ganham uma nova configuração a partir de uma montagem expografica, possibilitando aos alunos e as alunas estabelecer vínculos com o que estava exposto. Consideramos esta uma experiência de riquíssimo aprendizado. (Mais Fotos)
Museografia Joseane Macedo e Cristiana Barbosa
Mediação: Cristiano Cardoso e Maristela Ribeiro
Fotografia: Hortência Sant’Ana
Horário de atendimento:
Segunda das 14:15 às 17:30h
Terça a sexta: 8:15 às 11:30 e 14:15 as 17:30h
Telefone: 75.3161.8750 / 8751 / 8752
e-mail: museucasadosertao@gmail.com
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